Soja começa a cair com menor demanda chinesa nos EUA.
Chicago acumula perdas 6,7% neste ano.
Chicago acumula perdas 6,7% neste ano.
O mercado norte-americano da soja fechou a semana com ligeiras perdas nos principais contratos futuros. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, com a ‘guerra fria comercial’ de Trump com a China, o resultado é que as cotações da Bolsa de Chicago tendem a cair no futuro: “É claro que o USDA não admitirá isto de imediato. Irá admitindo aos poucos, mês a mês, à medida que os fatos forem confirmando esta tendência, para não causar movimento brusco no mercdo, como é seu estilo. Mas é o que acontecerá. Aliás, foi o que aconteceu nesta sexta-feira: Chicago caiu 0,2%, acumulando perdas 6,7% neste ano”.
De acordo com a AgResource, a volatilidade voltou com força na CBOT: “Os conflitos comerciais dos Estados Unidos e China colocaram ‘lenha na fogueira’ especulativa nas primeiras horas desta sexta-feira, 23, no entanto perdeu forças ao longo do dia. Apesar do embate das novas tarifas de importação de Trump e das retaliações por parte chinesa, nós da AgResource (ARC) acreditamos ser difícil algum efeito direto nas exportações da soja norte-americana direcionada para China”.
Isso porque, explicam os analistas da ARC, a necessidade chinesa pela oleaginosa demanda o suprimento de soja de todas as origens mundiais, e o corte de importações do grão estadunidense seria um fator extremamente negativo para a indústria de esmagamento asiática e toda a cadeia doméstica secundária (processamento, proteína animal e etc.).
“Além do mais, nas últimas 2 semanas, o ritmo de vendas de exportação para a soja estadunidense tem acelerado, mesmo contra a sazonalidade de baixa. Apenas nesta última semana foram vendidos um recorde de 759 mil toneladas de soja norte-americana”, concluem.