Apesar de produzir o maior montante do país, MT representa menos de meio por cento do faturamento total.
Fernando pontua que o setor registrou crescimento de 5,6% no ano passado, na comparação com 2016, e que os dirigentes vislumbram outra alta para 2017. O presidente comenta que Mato Grosso pode fazer parte desse novo cenário, depois de dois anos de recessão, mas salienta que a entrada do estado como um importante “player” só se daria a longo prazo.
Segundo a Abit, Mato Grosso emprega apenas 1,6 mil pessoas e tem 261 empresas na confecção têxtil. Para se ter uma ideia, Santa Catarina, segundo estado com o maior faturamento, emprega 105,6 mil pessoas e tem 7,5 mil empreendimentos do tipo.
No setor de logística, proponentes da extensão da malha ferroviária em Mato Grosso defendem que a industrialização só poderá ser alcançada após o crescimento do modal. Entre os debates atuais sobre os modelos de ampliação da malha, estão três projetos para ampliar as linhas em 1 mil quilômetros.
De acordo com a Abit, a produção de vestuário no Brasil chegou em 2017 a cerca de 5,9 bilhões de peças, incremento de 3,5% em relação a 2016. Já a fabricação têxtil aumentou 4,2% com 1,7 milhão de toneladas produzidas.
Os investimentos do setor no ano passado ultrapassaram R$ 1,9 milhão e foram gerados 3,5 mil postos de trabalho, totalizando 1,4 milhão de pessoas empregadas no setor. De acordo com Fernando, 2017 foi um ano de recuperação bastante importante, mesmo os números alcançados sendo piores do que os registrados no pré-recessão.
Ele afirma, ainda, que a expectativa para 2018 também é positiva. “Esperamos um crescimento de 3% ou 3,5% ao final do ano. Mas precisamos acompanhar porque deve ser um período de bastante volatilidade, principalmente por causa das eleições. Mas o prognóstico é favorável”, argumenta.